Greve de servidores do INSS contraria decisão judicial e pode acarretar multa à federação

16/06/2009 - 18h02

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A greve iniciada hoje (16) pelos servidores do Instituto Nacional doSeguro Social (INSS), por tempo indeterminado em todo o país,contraria uma liminar concedida ontem (15) pelo ministro do SuperiorTribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, ao INSS.A liminar suspendeu a greve e estabeleceu multa diáriade R$ 100 mil a ser paga pela Federação Nacional dosSindicatos de Trabalhadores em Saúde, Previdência eAssistência Social (Fenasps) caso o indicativo de greve se concretizasse e a paralisação tivesse início.Segundo o ministro, a federação não teriacumprido os requisitos legais para a realização domovimento grevista, uma vez que não houve préviaexistência de negociação frustrada. Os servidores reivindicam a redução da carga horáriade 40 para 30 horas semanais, sem diminuição dossalários. Entretanto, Og Fernandes acatou o argumento do INSSde que a redução da jornada com reduçãoproporcional do salário estava prevista em acordo assinadopela Fenasps.Em Brasília e no Rio de Janeiro, os postos do INSS estão atendendo apenasas perícias médicas. Em São Paulo, de acordo comestimativa da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúdee Previdência (Sindisprev-SP), a paralisação mobilizou 60% dos trabalhadores. Em nota, a Fenasps classificou a ação doINSS no STJ como uma “tentativa dogoverno Lula de intimidar a categoria.” A entidade prometeu responder “com maior mobilização e organização”na greve. Segundo a Fenasps, a paralisação foiconfirmada em 17 estados: Santa Catarina, Distrito Federal, SãoPaulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Piauí,Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará,Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe eAmazonas.