Sarney rebate informação de que seu neto tenha sido contratado por ato secreto

10/06/2009 - 1h06

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), rebateu hoje (10) que seu neto João Fernando Michels Gonçalves Sarney, tenha sido contratado pela Casa por meio de um ato secreto da administração. Matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo informa a existência de 300 atos administrativos sigilosos foram usados pela administração, no decorrer dos anos, para criar cargos e nomear, inclusive, parentes de políticos.Sarney apresentou aos jornalistas o ato de nomeação de seu neto, datado de 1º de fevereiro de 2007, publicado no boletim administrativo do Senado. Sarney reconheceu que alguns boletins administrativos não foram publicados antes do início de sua gestão. “Nós mandamos publicar todos os boletins que não foram publicados ao longo do tempo, durante a minha administração. Isso aqui [o ato de nomeação do seu neto] mostra transparência total, ninguém queria esconder nada”, disse o presidente do Senado. Na matéria, o jornal informa que, no que diz respeito ao neto de Sarney, foi publicado um ato secreto de exoneração de João Fernando Michels, então lotado no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA).“A nomeação do João Fernando foi feita quando o senador Cafeteira constituiu seu gabinete. Pela nossa lei regimental ele tem essa prerrogativa de formar o seu gabinete e convidar quem ele quiser para ocupar os cargos de comissão. Então, foi ele quem escolheu e nomeou. O que posso afirmar é que não pedi a ele a nomeação de meu neto para participar de seu gabinete”, acrescentou José Sarney.Quanto as outras nomeações o presidente disse que a partir de agora não haverá qualquer ato que deixe de ser publicado no boletim administrativo do Senado. “Todos eles serão publicados com absoluta transparência e agora isso vai ser feito completamente”.