Exportações registram tendência de crescimento em junho

08/06/2009 - 17h51

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A média diária das exportações brasileiras ficou 20,2% menor, na primeira semana de junho do que a média registrada no mesmo mês do ano passado. Em compensação, aumentou 17,9% em relação à média diária de maio desteano e contribuiu para o bom desempenho da balança comercial, quecontabilizou saldo de US$ 1,208 bilhão entre os dias 1º e 5 deste mês.Também contribuiu para isso o fraco movimento das importações, que caíram 38,4% em comparação com a média diária de junho de2008 e se mantiveram quase no mesmo patamar do mês anterior, comretração de 0,3%, de acordo com boletim divulgado hoje (8) peloMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Na comparação com maio,os exportadores nacionais venderam mais 25,4% de produtossemimanufaturados (ferro-liga, alumínio em bruto, óleo de soja, courose peles, dentre outros), mais 20,4% de produtos básicos (petróleo cru,minério de ferro, cereais, carne e outros) e mais 14,3% de produtosmanufaturados (automóveis, autopeças, celulares, calçados, etanol,motores e geradores, aviões e tudo o mais com agregação de tecnologia).Na comparação com junho de2008, houve retrações fortes nas três categorias de produtos: de 28,4%nos produtos manufaturados, de 14,1% nos semimanufaturados e de 10,5%nos básicos. Estes, formados em grande parte por commodities (matérias-primas com cotação internacional; principalmente petróleo, minérios ealimentos), que tiveram preços achatados no auge da crise financeiramundial, no quarto trimestre de 2008, e só agora esboçam alguma reação.O boletim do Ministério do Desenvolvimento ressalta que, no acumulado do ano, no total de 106 dias úteis até a última sexta-feira(5), as vendas internacionais de produtos brasileiros somaram US$59,018 bilhões, o que dá média diária de US$ 556,8 milhões. No mesmoperíodo de 2008, com 107 dias úteis, as exportações obtiveram média deUS$ 716,3 milhões. Houve, portanto, queda de 22,3%.Asimportações, no entanto, caíram ainda mais no período, com retração de27,8%. Por esse motivo, o superávit comercial (saldo positivo entreexportações e importações) de US$ 10,580 bilhões está 18,12% maiorneste ano, em relação aos US$ 8,957 bilhões de saldo registrados emigual período do ano passado.