Minc diz que pretende procurar senadora Kátia Abreu para buscar entendimento

04/06/2009 - 13h46

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministrodo Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu hoje (4) que se mantémno cargo e voltou a criticar ruralistas, que pedem sua saídado ministério. Ele pretende procurar a senadora KátiaAbreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional daAgricultura, para buscar entendimento.Depois dechamar os ruralistas de “vigaristas”, resolveu desculpar-se. Adeclaração resultou num pedido de denúncia porcrime de responsabilidade contra ele, feito pela senadora. “Éclaro que no momento da briga, me excedi. Aqui no Parlamento pedirammeu pescoço, mas pelo que me consta ele ainda está nomesmo lugar e provavelmente vai ficar até o fim do governoLula”, disse. “Acho que oBrasil precisa de um grande entendimento entre agricultura eecologia”, completou, dizendo que pretende procurar a senadora napróxima semana.Mincdeverá se encontrar ainda hoje com o presidente Luiz InácioLula da Silva. Segundo ele, na semana passada, Lula teria dito queestá satisfeito com a gestão do ministro e com o seubom humor. “Ele [Lula] disse: Minc, você briga, faz aspazes. Briga com o cara da soja, faz as pazes. Briga com o [Blairo]Maggi, faz as pazes. Eu prefiro assim. As coisas estãoandando, o desmatamento está caindo”, afirmou.O ministroainda teria ouvido de Lula apenas o pedido para tomar cuidado naquestão pública em relação aos outrosministros. “Eu, como ministro obediente ao chefe, desde que nãoseja dar licença sem cumprir todas as leis, sou obediente, nãofarei mais polêmicas públicas com os ministros”,prometeu acrescentando, no entanto, que vai manter seus princípiosideológicos e convicções, o que, segundo ele, émuito mais importante do que ficar no governo.Minc aindadeve viajar amanhã (5) a Bahia com o presidente Lula paraassinar atos de criação de unidades de conservação,de pagamentos por serviços ambientais e de manejo florestalcomunitário.O ministroesteve na Câmara para falar na Comissão de Meio Ambientesobre a PEC do Cerrado e da Caatinga. Em visita ao presidente daCâmara, Michel Temer (PMDB-SP), pediu que a proposta fossecolocada rapidamente em votação. “Ela nãorepresenta engessamento, mas reconhecimento de que o Brasil tem cincobiomas e só dois reconhecidos formalmente. Por que reconhecerdois e não reconhecer os outros três? Temer acha queainda em junho vai colocar o texto em votação.