Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As famílias dos passageiros do vôo AF 447 da Air France, que estão hospedadas em um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, viveram momentos de apreensão e angústia na noite de ontem (2). Uma pessoa, ainda não identificada, entrou no salão nobre onde os parentes estavam reunidos informando que haviam sido encontrados sobreviventes entre os passageiros do Airbus A330 que decolou às 19h de domingo (31) do Rio de Janeiro com destino a Paris e desapareceu quando sobrevoava o Oceano Atlântico na madrugada de segunda-feira (1º).De acordo com Marteen Van Sluys, irmão da jornalista da Petrobras Adriana Francisca Sluys, que estava na aeronave, as famílias se abraçaram para comemorar a notícia. Logo depois, no entanto, a Marinha e a Aeronáutica, que estão responsáveis pelas buscas, não confirmaram as informações.“Foi um momento de muita comoção. Informações como essa, divulgada de forma leviana, são inaceitáveis e só aumentam nossa angústia”, desabafou.Marteen Van Sluys veio de Goiás para acompanhar, junto com a mãe, os desdobramentos sobre o desaparecimento do avião. Ele disse que tem interesse em mobilizar as demais famílias para formarem uma comissão que representaria os interesses dos parentes.“Nem sempre todos os detalhes das investigações são passados para as famílias, por isso é importante uma comissão para acompanhar tudo de perto”, acrescentou.Desde segunda-feira cerca de 30 famílias de passageiros do voo AF 447 estão acomodadas no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde a companhia aérea Air France montou um centro de apoio e de informações. A empresa prometeu divulgar ainda hoje (3) a lista oficial com os nomes dos 228 ocupantes da aeronave.