Investigação sobre desaparecimento de Airbus compete à França, diz Comando da Aeronáutica

02/06/2009 - 21h39

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dois investigadores do Bureau d´Enquêtes et d´Analyses (BEA, órgão francês correspondente ao brasileiro Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa) já chegaram ao Brasil, onde tentarão identificar o que aconteceu com o Airbus A-330 da empresa Air France. A aeronave está desaparecida desde a noite de domingo (31), quando decolou do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim com destino a Paris.

Em nota, o Comando da Aeronáutica informou que, pelas leis internacionais que regulam a aviação civil, compete à França, país onde o avião estava registrado, investigar as causas do desaparecimento. Os dois investigadores receberão apoio de especialistas do Cenipa.

Na mesma nota, a Aeronáutica diz que foram avistados mais destroços e manchas de óleo a cerca de 700 quilômetros ao nordeste do Arquipélago de Fernando de Noronha. Os vestígios, que estavam espalhados por uma área de cerca de 6 quilômetros longitudinais, se somam aos encontrados mais cedo na área onde estão concentradas as buscas por sobreviventes e por destroços do avião.

A nota, no entanto, não afirma que o material encontrado é parte da aeronave da Air France. Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, os aviadores avistaram, do alto, peças brancas, fiação e as manchas de óleo. Nada foi recolhido.

Ainda segundo o Centro de Comunicação, se for confirmado que os  destroços encontrados pertencem ao Airbus, o material será coletado pelos cinco navios da Marinha que devem começar a chegar à região amanhã (3).

Um avião R-99 e três C-130 Hércules manterão as buscas durante toda a noite. Cerca de 100 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) estão sendo empregados nas operações de busca, e a expectativa da Aeronáutica é de que amanhã mesmo todos os 10 mil quilômetros quadrados compreendidos na área de buscas tenham sido vistoriados. Ao todo, nove aeronaves e dois helicópteros estão sendo usadas na operação de busca, que também emprega cinco embarcações da Marinha e três navios mercantes que estavam próximos à região onde foi registrado o último contato com a aeronave da Air France.