Presídios gaúchos enfrentam superlotação na capital e sobram vagas no interior, diz governo

26/05/2009 - 19h22

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A falta de vagas nospresídios do Rio Grande do Sul foi usada como argumento pelojuiz de Canoas, Paulo Augusto Oliveira Irion, para não mandarpara a prisão 15 pessoas acusadas de formar uma quadrilha de furto decaminhões. Para a Secretaria Estadual de SegurançaPública, a decisão do juiz não tem sentido. De acordo com osecretário de Segurança Pública do Rio Grande doSul, general Edson Goulart, mesmo com um déficit de 10 mil vagas no estado e uma população carceráriaconcentrada na Grande Porto Alegre, existem 700 vagas em presídiosno interior do estado. “O juiz deveria ter entrado em contato comoutras comarcas no interior do estado, onde há vagas”, disse. Na decisão, o juiz PauloAugusto Oliveira Irion alegou ainda que, diante da superlotaçãodos presídios gaúchos, os magistrados acabam reservandoas vagas no sistema penitenciário para crimes graves. Se a prisão temporária fossedecretada, os suspeitos teriam que ir para o Presídio Centralde Porto Alegre. De acordo com dados da secretaria, a unidade temcapacidade para abrigar 1,7 mil presos, mas atualmente estácom uma população de cinco mil internos.O secretário Edson Goulart disse quea argumentação de superlotação nãoé a única colocada pelo juiz em sua decisão. Omagistrado também teria considerado que os suspeitos nãorepresentam risco para a população e podem responder oinquérito em liberdade.Segundo a secretaria estadual de SegurançaPública, até o fim de 2009, o governo pretende entregar842 novas vagas e, até o final de 2010, mais 7,2 mil, com aconstrução de unidades prisionais em 14 municípios,entre eles, Bento Gonçalves, Arroio dos Ratos, Passo Fundo eGuaíba.