Mercadante diz que divisão de comando da CPI será difícil, mas pode ocorrer

20/05/2009 - 19h10

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP),sinalizou há pouco que a base de apoio do governo poderá dividir ocomando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras com aoposição. No entanto, o petista ressaltou que um eventual acordo para que a presidência da comissão e a relatoria sejam divididas entre governo e oposição serádifícil.“Em tese, tudo é possível, mas fácil não será”, disse Mercadante. Ele lembrou que na última quinta-feira (14),ao contrário do que tinha sido acertado em um acordo de líderes, o PSDBleu o requerimento de instalação da CPI antes da realização de umaaudiência pública para ouvir o presidente da Petrobras, José SergioGabrielli. Essa atitude, enfatizou o líder petista, gerou um“tensionamento grande”.“Tínhamos um acordo de procedimento construído, com a proposta de audiência. Pelo tamanho da Petrobras, ela deveria ter sidotratada de outra forma e isso não aconteceu e foi muito ruim o iníciodo processo. Hoje, estamos diante de um novo momento de tensionamento.Isso é parte do processo, da disputa e parte da tentativa da oposiçãode interferir no processo’, argumentou.Como é maioria naCasa, o governo tem direito ao maior número de vagas na composição daCPI. Das 11 vagas de titular, oito serão distribuídas entre os partidosda base governista e o restante (três) entre DEM e PSDB. A luta da oposiçãopara firmar um acordo para presidir a CPI ocorre porque a escolha dopresidente é feita no voto. O presidente eleito, em seguida, nomeia o relator.Os governistas, sendo maioria, poderiam ter os dois cargos, de presidente e relator, quebrando uma tradição que prevê a divisão do comando com a oposição.