PF diz que fará série de operações contra a pornografia infantil em redes de relacionamento

18/05/2009 - 17h53

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A OperaçãoTurko, deflagrada hoje (18) pela Polícia Federal, para combatercrimes de pornografia infantil na internet, especialmenteem redes de relacionamento social, marcará o início deum combate mais efetivo e constante à essa prática noBrasil. A promessa foi feita por delegados em entrevista coletivaconvocada para dar informações sobre a operação,que envolve 92 mandados de busca e apreensão e járesultou na prisão de oito pessoas. “Ainda nãotínhamos feito uma operação de combate àpornografia infantil em rede de relacionamento social. Essa éa primeira de uma série de várias que se seguirão,até que os criminosos tenham certeza de que, se publicarem ouarmazenarem pornografia infantil, iremos identificar e a Justiçabrasileira irá responsabilizá-los”, afirmou odelegado Carlos Eduardo Sobral, da Unidade de Repressão aCrimes Cibernéticos. Anteriormente, a PFrealizou  perações de combate àpornografia infantil na internet apenas em redes e programas ponto aponto. Até o ano passado, a filial brasileira do provedorGoogle, responsável pelo site Orkut, resistia em colaborar comas autoridades nacionais na identificação de crimespraticados na rede de relacionamento. Entretanto, após umacordo firmado com a própria PF, o Ministério PúblicoFederal e a CPI da Pedofilia no Senado, o provedor passou a oferecerinformações de perfis denunciados por internautas. Tambémviabilizou o novo foco de combate da PF a Lei 11.829, que alterou oEstatuto da Criança e do Adolescente para tornar crime a possede material pornográfico infantil. “Pornografia infantildeve ser encarada como entorpecente. Possuir imagens com esseconteúdo é tão grave quanto portar cocaína”,defendeu o delegado da Divisão de Direitos Humanos da PF, Stênio Santos Souza. O senador Magno Malta(PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia, ressaltou que o alcance daoperação policial irá muito além donúmero de pessoas presas. “Quando prende-se umalvo desse, prende-se um sujeito que espalha esse material em rede eestimula a propagação do crime”, disse Malta.