Leilão de dólares não teve objetivo de intervir na taxa de câmbio, diz diretor do BC

07/05/2009 - 15h14

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, afirmou hoje (7) que a realização de um leilão de swap cambial reverso, ocorrida anteontem, não teve objetivo de influenciar a taxa de câmbio. Segundo ele, há dez anos, o BC tem uma política de não intervir no câmbio.“Não há nenhuma intenção do Banco Central de direcionar a taxa de câmbio em qualquer direção.  O que nós fazemos é prover liquidez ao mercado e tratar de garantir que a economia brasileira tenha condições de enfrentar crises da melhor forma possível, como fazemos há muito tempo, acumulado reservas e fazendo swaps reversos. Surgiu uma oportunidade no mercado para zerar a nossa posição de swap, a posição que nós construímos como reação à crise e nós utilizamos essa oportunidade”, disse.Segundo ele, a posição do Banco Central continua sendo de atuar no mercado, de acordo com as condições apresentadas por este mercado e sem “distorcer as tendências na formação de preço”, disse.Em entrevista coletiva, no Rio de Janeiro, Mesquita afirmou que o leilão de swap cambial, assim como qualquer política do Banco Central, tampouco teve objetivo de privilegiar o segmento exportador ou qualquer setor específico da economia. “A nossa atuação, tanto do ponto de vista do regime de metas, como do ponto de vista da acumulação de reservas internacionais, visa a beneficiar a economia em sua totalidade. Não temos políticas setoriais." Na última terça-feira, o Banco Central realizou um leilão de swap cambial reverso no valor de US$ 3,4 bilhões. O swap cambial reverso equivale, na prática, à compra de dólares no mercado futuro.