Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 60 pessoas, entre amigos e parentes de vítimas de violência, fizeram uma vigília na madrugada de hoje (25), no Leblon, zona sul, em um cruzamento próximo à casa do governador do estado, Sérgio Cabral. A idéia era chamar atenção para o número de pessoas mortas em decorrência da violência no estado, inclusive vítimas de policiais. O grupo foi impedido de se aproximar da casa do governador, que não estava em sua residência. Policiais que faziam o patrulhamento da área impediram o avanço da manifestação.Mesmo assim,  60 bonecos de quase 2 metros de altura, simbolizando pessoas mortas, foram espalhados no local. Também foram estendidas faixas com críticas à política de segurança do Rio.Por meio de panfletos, eles reivindicaram o afastamento imediato do secretário de Segurança José Mariano Beltrame, e cobraram  atuação mais efetiva contra os crimes praticados por agentes do estado.“Essa política de enfrentamento do governador e do secretário não está dando certo. Mata as pessoas e faz com que a violência aumente cada mais”, disse Patrícia Oliveira, da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, organizadora da vígila.“Queremos [no lugar de Beltrame] uma pessoa mais técnica, que utilize a inteligência policial para reduzir o número de mortos. Da Polícia Militar, queremos investigação dos crimes [praticados por PMs] e pulso forte do comandante geral [Gilson Pitta Lopes] contra as milícias”, completou. A manifestação começou na madruga de hoje e se estendeu até o início da manhã. O evento contou com a participação de parentes de vítimas de violência de todo o estado.