Governo está concluindo estudos sobre programa de troca de geladeiras

22/04/2009 - 13h24

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Minas eEnergia, Edison Lobão, deu detalhes hoje (22) sobre o programado governo para estimular a troca de geladeiras antigas que emitemgás CFC (clorofluorcarbono) por outras novas, menos poluentese mais econômicas. Segundo ele, será fabricado um modeloespecífico de geladeira para atender ao programa.Embora o ministroafirme que o valor ainda não está definido, ele disseque o preço da geladeira deve ficar em torno de R$ 500. Aprevisão é de que sejam trocadas geladeira com em média10 anos de uso.“Estamos estudandopara reduzir ao máximo o valor da geladeira, torná-laabsolutamente acessível ao bolso da parcela mais pobre do povobrasileiro”, disse Lobão, ao sair de reunião sobre oPrograma de Aceleração de Crescimento (PAC) com opresidente Luiz Inácio Lula da Silva.Segundo Lobão,no primeiro ano devem ser trocadas 1 milhão de geladeiras, nosegundo ano 2 milhões e a quantidade avançaráaté atingir a meta de 10 milhões. Ele nãodescarta, no entanto, a possibilidade de que a quantidade seja maiorlogo no início, o que dependerá da capacidade deprodução da indústria e da logística.Lobão explicouque o governo estuda duas possibilidades para a data de lançamentodo programa. Uma é dentro de 15 dias e a outra possibilidade éesperar o final de vigência da redução do Impostosobre Produto Industrializado (IPI) do eletrodoméstico, quetermina no prazo de três meses.Para assegurar um preçobaixo para as geladeiras os fabricantes terão reduçãode impostos, de acordo com Lobão. A fabricaçãode um modelo especial em grande quantidade também serádeterminante para reduzir o custo, na avaliação doministro.Lobão disseainda que será montada uma logística especial paraatender o programa. Os revendedores recolherão as geladeirasantigas, que serão vendidas a uma empresa especializada. Essaempresa vai recolher o gás poluente e vendê-lo a umausina. O mesmo ocorrerá com a geladeira que, segundo ele, serávendida a empresas que trabalham no ramo do aço.Ainda hápendências a serem acertadas com o Ministério daFazenda, informou Lobão. Isso porque o governo gastaráem torno de R$ 100 milhões por ano com a logística doprograma, como, por exemplo, para pagar pelo recolhimento dasgeladeiras.