Prefeitura de Diadema apura número de desabrigados após incêndio

27/03/2009 - 15h07

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O número de moradores desabrigados em conseqüência do incêndio ocorrido hoje (27) na empresa Dial Química Distribuidora, no Jardim Ruyce, no sul de Diadema, no ABC Paulista, ainda está sendo levantado pela Defesa Civil do município. O fogo destruiu praticamente toda a empresa – onde estava armazenada grande quantidade de galões e tambores com materiais inflamáveis, como solventes e outros produtos destinados à fabricação de material de limpeza – e parte das casas vizinhas.Pelo menos 15 casas foram atingidas pelo incêndio, que começou pouco depois das 7h e só foi controlado por volta das 11h. O trabalho de rescaldo continua, com resfriamento das áreas afetadas. De acordo com o coronel Valdeir Rodrigues Vasconcelos, comandante da operação, os bombeiros não trabalham com a possibilidade de que alguém possa ter morrido. Mas, segundo ele, só será possível afirmar que não há mortos quando a operação terminar.A área vizinha à empresa, que foi mais atingida, é a Rua Henrique de Léo, onde casas ficaram com paredes pretas por causa da fuligem. Por medida de segurança, foram isolados três quarteirões. O fornecimento de energia elétrica teve de ser interrompido logo nos primeiros momentos do trabalho dos bombeiros. Quarenta viaturas e 120 homens da corporação atuaram no combate às chamas. Durante toda a manhã, rolos de fumaça preta em meio a labaredas de mais de 50 metros de altura podiam ser vistos a uma distância de cerca de 8 quilômetros, às margens da Rodovia Imigrantes, no sentido litoral. Também ocorreram várias explosões. O calor das chamas podia ser sentido a uma distância de 200 metros, assim como o cheiro dos produtos químicos ao redor do galpão incendiado.Segundo o tenente Miguel Jotas, alguns dos produtos armazenados no local são canceríngenos. Nenhum representante da empresa compareceu no local durante os trabalhos. A assessoria da prefeitura informou que a distribuidora tinha licença de funcionamento desde 2008.Um dos moradores da área vizinha à empresa, João Nunes Coelho, contou que vive há 17 anos no local e que não tinha conhecimento de que estava tão próximo de material explosivo. O coordenador da Defesa Civil, José Pereira dos Santos, informou que as pessoas que não puderem retornar às suas casas serão abrigadas, provisoriamente, em uma escola municipal.