Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O setor de gás natural veicular (GNV) espera uma queda em torno de 14% no preço do produto ao consumidor final entre os meses de abril e maio. A informação é do coordenador do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), Rosalino Fernandes.“Essa redução é resultado das alterações no preço do barril do petróleo, que caiu bastante, e também da conversão do dólar para real”, disse Fernandes, que também é  presidente da Associação Latino-Americana de Gás Natural Veicular (Alagnv).

Ele lembrou que os contratos de concessão das distribuidoras prevêm esse tipo de revisão no primeiro trimestre do ano, o que reforça a expectativa positiva, “no sentido de um preço mais competitivo para o GNV”.

De acordo com Fernandes, a redução do preço no combustível pode animar os consumidores a converterem seus veículos para GNV e com isso o mercado deverá apresentar incremento este ano em termos de número de conversões, jrevertendo já a partir de abril, a redução da demanda registrada no final do ano passado.

Ele ressaltou, no entanto, que não será nada explosivo, como ocorreu em períodos anteriores. “Nós acreditamos que seja uma coisa gradual. Nada assim muito violento em termos de crescimento”, afirmou Fernandes.A média mensal de conversões para GNV foi de três mil veículos em janeiro e fevereiro deste ano. O Estado do Rio de Janeiro continua liderando o uso do combustível no país, com cerca de 47% dos veículos convertidos, seguido por São Paulo, que responde por  20% da frota nacional que roda com GNV, estimada em cerca de 1,6 milhão de veículos.De acordo com dados do IBP, o consumo médio diário de GNV no país somou, em janeiro deste ano, 5,6 milhões de metros cúbicos e, apesar da crise internacional, a frota nacional cresceu 8% em 2008.O Brasil se mantém na 3ª posição do ranking mundial do setor, atrás do Paquistão e da Argentina.