Preço da gasolina deve baixar quando mercado do petróleo se estabilizar, diz Gabrielli

25/03/2009 - 21h46

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse hoje(25) que a empresa poderá baixar o preço da gasolina, assim que o mercadointernacional de petróleo se estabilizar. “Pretendemos baixar, e nãodeixar como está. Vamos ajustar? Vamos baixar? Vamos. Quando?Assim que tivermos clara a tendência externa [deestabilização]”, afirmou Gabrielli, durante audiência pública conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.Sobre a greve dos petroleiros, iniciadasegunda-feira (23), Gabrielli disse que aindanão afetou a exploração de petróleo, nema produção de derivados. “Os volumes que foramafetados pela greve são muito pequenos em relaçãoao que produzimos, refinamos e distribuímos por dia. Para oconsumidor brasileiro, em todos os produtos, não houvequalquer impacto até agora."Eledisse que a direção da Petrobras está aberta aodiálogo: "Acreditamos na negociação, e elacontinua. Estamos, de um lado, negociando com os sindicatos e, deoutro, afirmando nossa disposição enérgica degarantir o controle das áreas produtivas. Esperamos que anegociação avance, e nosso desejo é que a grevetermine.” Para Gabrielli, a greve pode acabar amanhã (26).O presidente da Petrobras informou que os trabalhadores reivindicam mudanças na propostade participação nos lucros e resultados, hora extra para os que cumprem turno ininterrupto, trabalhando nosferiados, mudanças na política de segurança emeio ambiente e uma política de emprego de longo prazo para osterceirizados. “Estamos dispostos a negociar qualquer uma dessascondições”, disse ele aos parlamentares.De acordo com Gabrielli, a empresa está conseguindo captar os recursos necessários aosinvestimentos previstos para o período de 2009 a 2013. Paraeste ano, a estatal captou no mercado financeiro mais de R$ 12bilhões e contará ainda com R$ 25bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial (BNDES) e R$ 23 bilhões de recursos próprios.