Justiça do Trabalho realiza audiência sobre greve de petroleiros no Paraná

25/03/2009 - 9h06

Lúcia Norcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Uma audiência marcada as 10h de hoje (25), na Justiça do Trabalho de Araucária (PR), região metropolitana de Curitiba, deve decidir os rumos da paralisação dos trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). O Ministério Público do Trabalho e o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC) entraram com medida cautelar alegando que os funcionários não podem ficar na refinaria, por um período maior do que oito horas, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).Ontem (24) a empresa foi notificada da decisão favorável da liminar. No entanto, alega que os trabalhadores estão na refinaria por vontade própria. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, se ficar comprovado que ainda há trabalhadores dentro da empresa em regime de cárcere privado, a estatal pode ser multada em até R$ 500 mil reais por dia.A assessoria de imprensa da Repar lembra que a empresa recebeu na segunda-feira (23) a visita de fiscais da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para verificar as denúncias de cárcere privado de trabalhadores, o que não ficou comprovado.A Petrobrás, por meio da assessoria de imprensa, informa que dispõe de equipes de contingência na refinaria, que são acionadas em situações especiais. Essas equipes mantêm o funcionamento das unidades, respeitando os padrões de segurança, e são formadas por técnicos e gerentes das áreas relacionadas, que se concentram nas atividades essenciais da unidade.Responsável pela produção diária de 35 mil metros cúbicos de petróleo, a refinaria opera com equipes de contingência desde a manhã de ontem (24). A Repar assume, segundo a assessoria, o compromisso de manter a continuidade operacional da empresa, a segurança dos empregados e o abastecimento do mercado.