Pesquisa da FGV indica recuperação de 5% na atividade industrial em fevereiro

12/03/2009 - 1h26

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A atividade na indústria paulista deve apresentar um aumento de 5%, em fevereiro, sobre janeiro, segundo o Sinalizador da Produção Industrial (SPI), calculado em parceria pela Fundação Getulio Vargas e a AES Eletropaulo. Em janeiro, a previsão era de crescimento de 5,7% e acabou-se confirmado ampliação de 2,2%. Na comparação com o mesmo mês de 2008, a estimativa é de queda de 12,8%. Apesar disso, espera-se uma recuperação, porque em janeiro sobre o mesmo período do ano passado o levantamento apurou a chance de uma queda maior (-18%). Na avaliação do economista e coordenador da pesquisa, Paulo Picchetti, “o que está acontecendo é uma recuperação depois um tombo grande em dezembro[ -13,5%]”. Além disso, ele destacou que os resultados do bimestre mostram que de fato está longe dos “patamares anteriores à crise [financeira internacional].Quanto à queda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) – conjunto de riquezas geradas no país –, no último trimestre, o economista comentou que esse resultado já incorpora as variações medidas pelo SPI. De acordo com Picchetti, ainda não é possível traçar um cenário para os próximos meses.“Por enquanto não dá para realizar interpretações quanto à chance de o setor voltar a apresentar o ritmo de crescimento que tinha antes do início da crise [financeira internacional] ocorrida no final do ano passado”, explicou ele.Essa mesma análise foi feita por ele quando questionado sobre casos de redução atividade anunciados por algumas empresas. Exemplo disso, é a Indústria Metalúrgica Cameron. Segundo nota do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a empresa que tem sede nos Estados Unidos, anunciou, no último dia (11), que vai encerrar a produção da unidade de Jacaré, em 15 de maio próximo. Porém, ontem (11), conforme o comunicado, 37 dos 93 empregados foram demitidos.Na próxima terça-feira (17), às 15h, representantes dos trabalhadores e da empresa vão se reunir para discutir a questão. A empresa foi procurada pela Agência Brasil, mas nenhum porta-voz foi localizado para comentar as demissões. Segundo a nota do sindicato, a Cameron é fornecedora de válvulas para a Petrobrás, que é cliente exclusiva, em Jacaré. E além dessa fábrica, a empresa norte-americana, tem unidades em Taubaté, São Paulo e Macaé, no Rio de Janeiro..