Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou hoje (9), diante de cerca de 200 artistas e convidados, que a reestruturação da Fundação Nacional de Artes (Funarte) será uma das prioridades de sua gestão à frente do ministério. O objetivo, segundo ele, é fazer com que a fundação possa voltar a desempenhar um papel importante na promoção da diversidade cultural do país.Para Juca Ferreira, da forma que se encontra hoje, a Funarte não tem condições de desempenhar o seu papel de indutora e promotora da atividade cultural no país.“Se as instituições em todo os setores da vida pública estão se revitalizando porque a Funarte também não pode se revitalizar?”, questionou.Na avaliação do ministro, “é estratégico para o país que se volte a ter uma Funarte capacitada a cumprir a responsabilidade específica do Estado de indutor do processo cultural brasileiro”.Para o presidente interino da entidade, Zulu Araújo, a revitalização da Funarte é fundamental para dar continuidade aos trabalhos que o ministério vem realizando no sentido de democratizar a relação com a sociedade e de promover o diálogo com os segmentos do setor cultural.“Eu acredito que a Funarte precisa, evidentemente, se reestruturar, se requalificar, mas, sobretudo, voltar a ter a importância e a função que teve no processo de incentivo e desenvolvimento da cultura ao longo da história brasileira. Ou seja, de ser um elemento criador, ousado e que funcione como uma espécie de estímulo para que as diversas linguagens artísticas se desenvolvam a contento do Brasil.”O encontro do ministro Juca Ferreira com artistas e intelectuais no Rio de Janeiro é o primeiro de uma série de consultas públicas para apresentar e discutir a reforma da Lei Rouanet e a revitalização da Funarte.Na ocasião, o ministro fez um diagnóstico dos avanços obtidos até o momento nas políticas culturais do governo e apresentou a proposta de reformulação da Lei Federal de Incentivo à Cultura elaborado pelo ministério e que será apresentada ao Congresso Nacional até o fim do ano.