Lideradas pela Fiesp, entidades lançam campanha Sou Contra a CSS

03/07/2008 - 0h42

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e outras entidades de classe lançaram hoje (2) uma cruzada pela não aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) no Senado. O movimento foi batizado de "Sou Contra a CSS". Em evento realizado na sede da Fiesp, empresários e representantes de organizações anunciaram uma série de ações, que serão postas em prática em todo o país, a exemplo do foi feito no ano passado, à época da votação que extinguiu a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon) são algumas das entidades engajadas na iniciativa.A campanha já tem um site, onde cidadãos podem aderir a um abaixo assinado que será enviado ao Congresso Nacional, pedindo para que os parlamentares não aprovem a CSS. Segundo os organizadores da ação, também será possível assinar o documento em postos da campanha distribuídos em locais de grande movimento. “Já temos um estoque de 1,5 milhão de assinaturas colhidas na campanha contra a CPMF. Podemos chegar a 3 milhões ou 4 milhões”, afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.Além disso, o site registrará opiniões de senadores sobre a CSS para evitar que os parlamentares mudem de opinião sobre a proposta, colocando-se publicamente contra a contribuição e, depois, votando favoravelmente, pela criação do tributo.Camisetas, adesivos, selos e folhetos também serão distribuídos à população. A mensagem que será divulgada, segundo Skaf,  contém dados que comprovam que a saúde não precisa dos recursos provenientes do tributo. Segundo ele, a criação da contribuição é ilegal.De acordo com um manifesto assinado hoje, pelos representantes das organizações participantes, a CSS, assim como está proposta no projeto de lei complementar, seria uma contribuição cumulativa e teria fator gerador idêntico ao do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que é proibido pela Constituição Federal.“A CSS é um absurdo. Um desrespeito ao Senado, que votou contra a CPMF; à sociedade, que não quer pagar um novo imposto; e ainda é ilegal." “Estou confiante que vamos derrubar a criação de mais este imposto", completou Skaff.