Lobão diz que Brasil, Argentina e Bolívia deverão construir hidrelétricas em área de fronteiras

10/03/2008 - 21h25

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo brasileiro já tomou "a decisão política" de desenvolver projetos de co-geração de energia elétrica, com a construção de usinas nas regiões de fronteira com a Argentina e a Bolívia. A informação é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que participou hoje (10) da solenidade de posse de José Antonio Muniz na presidência da Eletrobrás.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o ministro, já acertou com os presidentes dos dois países uma reunião de ministros de Minas e Energia para, ainda neste mês, tratar da retomada dos projetos de construção de hidrelétricas nessas áreas. “São hidrelétricas que, em sua totalidade, poderão produzir em torno de 12 mil megawatts. A partir dessa reunião, nós vamos cuidar do levantamento estatístico e de todas as providências necessárias para viabilizar os projetos. Portanto, a decisão política já está tomada”, afirmou Lobão.Embora os entendimentos envolvam, em um primeiro momento, apenas a Argentina e a Bolívia, há a possibilidade de que sejam desenvolvidos projetos com outros países "que possam vir a se interessar", acrescentou o ministro. A Eletrobrás já tinha estudos para o desenvolvimento de projetos de co-geração de energia com a Bolívia, mas eles foram suspensos depois da decisão do presidente Evo Morales de privatização de ativos e reservas petrolíferas no país.