Homens apóiam reivindicações feministas em São Paulo

08/03/2008 - 19h54

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Marcha Mundial das Mulheres realizada nocentro de São Paulo,  teve alguns homens entre se juntaram hoje (8) entre os cerca de 800manifestantes estimados pela Polícia Militar. Eles - integrantes de movimentos sociais, sindicatos epartidos políticos - aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para demonstrarseu apoio às causas feministas: legalização do aborto, igualdade de salários,fim da violência doméstica, entre outras.Marcos César Luiz Pereira saiu de Campinas (a 90 quilômetros de São Paulo) para acompanharsua mulher, Shirlei, na manifestação. Para ele, todas as reivindicações feitasna marcha são justas e, pelo menos no seu caso, atendidas em casa. “Eucozinho, eu gosto. Não gosto de lavar, mas passo”, disse. “No nossorelacionamento [matrimonial], procuramos dividir tudo. Não existe o dominador eo dominado.”Professor, Pereira defende que a educação é a melhor forma decombate à desigualdade. “A solução está na educação formadora de cidadãos. Semeducação, todos seguirão o senso comum, que é de opressão contra a mulher.”O estudante Ruggero Santi também compareceu à marcha parademonstrar seu apoio. Assim como o professor Pereira, ele acredita que asmulheres são historicamente prejudicadas. “Existem coisas que estão emaranhadasno preconceito. Por que esposa é chamada de mulher, não de esposa? Isso é um costumepreconceituoso”, afirmou.Santi contou que é morador de uma república deestudantes onde homens e mulheres procuram dividir as tarefas de formaigualitária. Para ele, uma sociedade justa deve oferecer as mulheres as mesmascondições de trabalho, saúde e participação política que aos homens.