CPI sobre cartões corporativos sai independente da Câmara, afirma Romero Jucá

13/02/2008 - 19h21

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A dificuldade da oposição em conseguir apoio dos governistas na Câmara para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o uso indevido de cartões corporativos por servidores e autoridades públicas não impedirá uma investigação por parte do Congresso. A afirmação é do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) que ontem (12) definiu com o ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio Monteiro, e o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o apoio governista à CPMI.“Se a Câmara entender que não deve mais ser a CPI mista, por alguma circunstância política que eu respeito mas não entendo, nós vamos voltar a articular a CPI no Senado”, afirmou Jucá.Neste caso, ele acrescentou que seria mais fácil um acordo com PSDB e Democratas para que a oposição tivesse a relatoria ou presidência da comissão. “Não deixará de haver, por pressão do governo, nenhum tipo de CPI para investigar a questão dos cartões. Nós queremos investigar e propor novos mecanismos que melhorem e dêem mais visibilidade aos gastos públicos”.Jucá deve se reunir ainda hoje (13) com o ministro José Múcio para tentar um entendimento em torno da entrega da relatoria ou da presidência da CPMI à oposição. “O que eu acho é que a sociedade está cobrando e o governo apóia, é uma investigação séria, sem pirotecnia política para que se possa identificar erros e criar mecanismos que se evitem erros futuros”, disse o líder do governo.