Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reconheceu que há dificuldades de substituir o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) na relatoria da representação do P-SOL que pediu a abertura de investigações contra o presidente do Senado, Renan Calheiros. Segundo Jucá, a maioria dos senadores titulares consultados hoje (19) pelo presidente do Conselho, Sibá Machado (PT-AC), não aceitou a missão, entre eles Leomar Quintanilha (PMDB-TO). O líder ressaltou que o ideal seria um novo relator que não fosse do PMDB, partido de Renan. Mas admitiu que se não houver alternativa, um peemedebista assumirá a tarefa.Romero Jucá disse, ainda, que "o ideal seria chegar amanhã cedo já com o relator escolhido" para que o Conselho tenha condições de analisar a perícia feita pela Polícia Federal nos documentos apresentados pelo presidente do Senado e, se possível, votar o relatório de Cafeteira. O parecer sugere o arquivamento da representação do P-SOL por considerar que há insuficiência de provas. Perguntado se não seria um desgaste para Renan ter o processo arquivado por uma votação dividida, o líder disse que "o debate já está politizado". E acrescentou: "A votação será dividida – o que não pode é haver um debate acalorado e, por isso, deve-se conversar para construir um debate civilizado em torno do assunto".A reunião do Conselho de Ética está marcada para as 13h30 de amanhã (20). Pela manhã, os partidos políticos deverão reunir suas bancadas para analisar se há ou não condições de votação do relatório apresentado por Epitácio Cafeteira.