Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os projetos da Petrobras relativos a gás natural, incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado pelo governo federal na segunda-feira (22), poderão contribuir para elevar a participação do gás na matriz energética brasileira. De acordo com o balanço energético de 2005,  último dado disponível, a participação do gás é de 9,4%. Estudos recentes da Empresa de Pesquisa  Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, mostram a possibilidade de que o gás atinja 12% da matriz em 2010 e 15% em 2030.O gerente executivo de Desenvolvimento Energético da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, informou hoje (26) que a estatal trabalha, dentro do Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás), com previsão de crescimento médio de 17% ao ano para a demanda esperada – “e que será atendida” pela empresa no período até 2011.A oferta total da Petrobras em 2005 foi de 45,5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. “A previsão em 2011 é de  chegarmos a 121 milhões de metros cúbicos/dia ofertados e consumidos no país”, disse Queiroz.Os investimentos no Plangás até 2010 totalizam R$ 25 bilhões. Somente na região Sudeste, a meta é aumentar a oferta de gás natural dos atuais 15,8 milhões de metros cúbicos diários para 40 milhões de metros cúbicos diários no final de 2008. E no final de 2010, para 55 milhões de metros cúbicos ao dia. Já na rede de gasodutos em construção ou a serem construídos pela empresa, os investimentos projetados no PAC alcançam R$ 15 bilhões.