Ampliação de atendimento à central da mulher pode aumentar número de ligações diárias, diz ministra

19/04/2006 - 16h18

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, acredita que poderá haver um aumento no número de ligações à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 a partir da ampliação do serviço. Segundo a coordenadora do serviço, Teresa Sousa, a central recebe atualmente uma média de 1,2 mil ligações por dia.

Desde hoje (19), a central está funcionando todos os dias da semana, durante 24 horas, e não apenas de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h40, como na fase experimental do serviço. Com a ampliação, o número de postos de atendimento passou de quatro para 20 e o de atendentes, de oito para 59.

Ela espera que a expansão do serviço servirá para mostrar a necessidade da ampliação nos horários de atendimento de outros serviços de assistência à mulher, como as delegacias especializadas, cuja maioria, segundo ela, não trabalha em esquema de plantão. Em todo o Brasil, há cerca de 400 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.

A ministra lembrou, ainda, que muitos municípios pequenos não possuem nenhum serviço de atendimento à mulher vítima de violência. Para ajudar a superar esse problema, ela pediu a colaboração de entidades do poder público e da sociedade civil.

"Qualquer instituição, seja pública, não-governamental ou religiosa, que se disponha ou que tem condições de acolher as mulheres num momento de emergência, numa situação em que elas estejam sofrendo violência, que se comunique conosco para que possamos incluir seus endereços e telefones na nossa central", observou.

A rede de proteção à mulher inclui centros de referência para atendimento psicológico e jurídico, delegacias especializadas e as chamadas casas abrigo.