Proposta do governo para servidores avança para um futuro melhor, afirma secretária

13/04/2006 - 20h33

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A secretária-adjunta de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Marilene Ferrari Lucas, disse acreditar que a proposta apresentada pelo governo aos servidores é boa. "É bem razoável. Não é efetivamente o que a categoria queria, mas avança para um futuro melhor. Nós sabíamos que as expectativas deles eram grandes e conhecemos a posição da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal [Condsef] de paridade, mas não é possível avançar mais do que está na proposta".

Segundo ela, a proposta dos servidores tem o custo muito elevado. "Fizemos várias simulações para ver a possibilidade de tentar caminhar para um acordo, mas sem reduzir os percentuais que os ativos teriam. Um movimento mínimo que seja custa muito, milhões. O Plano de Classificação de Cargos [PCC] tem hoje 290 mil servidores, dos quais 234 mil são aposentados e pensionistas."

O Ministério do Planejamento propõe a estruturação de um Plano Especial de Cargos no lugar do PCC e a implementação desse plano em duas vezes: uma retroativa a fevereiro de 2006 e outra em fevereiro de 2007. Por essa proposta, os servidores da ativa de nível superior terão aumento de 61,54% contra 15,44% dos inativos.

Os servidores da ativa de nível médio receberão 59,32% e os aposentados, 15,11%. Os funcionários auxiliares que ainda estão na ativa recebem 48,85% e os inativos, 21,97%. O reajuste, que será concedido através de gratificação de desempenho, representará um gasto de R$ 700 milhões em 2006 e R$ 1,2 bilhão em 2007.

Hoje (13) os servidores federais decidiram manter a greve. A decisão foi tomada durante plenária da categoria. Os servidores estão em greve desde 15 de março.