Nível de emprego na indústria paulista cresce 0,29% em março, diz pesquisa da Fiesp

11/04/2006 - 15h36

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O nível de emprego da indústria paulista subiu 0,29% no mês de março, comparado a fevereiro. De acordo com pesquisa mensal da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram criadas em março 6.038 vagas. No acumulado dos três primeiros meses do ano, a alta acumulada é de 0,93%, com a criação de 19.540 postos de trabalho.

Entre os setores que mais contrataram, estão o de fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool (16,25%), minerais não-metálicos (1,38%) e equipamentos de transporte (1,27%). Contrataram menos os setores de fabricação de produtos de metal, excluindo máquinas e equipamentos (-1,23%), artigos de borracha e plástico
(-1,07%) e produtos de madeira (-0,41%).

De acordo com informações dos sindicatos, foram criados mais empregos nos setores de mármores (7,75%), rações (4,41%), azeite (2,59%), relojoaria (2,23%) e perfumaria (2,15%). Houve queda de contratações nos setores de congelados (-9,57%), massas alimentícias
(-5,91%), estamparia de metais (-3,93%), adubos (-3,30%) e refrigeração (-2,96%).

Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, os números de março demonstram recuperação da indústria. "Um pouco tímida, mas existente. O mês de março está de acordo com janeiro e fevereiro. Nós fazemos uma avaliação positiva, mas não eufórica".

Francini disse esperar que haja uma recuperação mais acentuada do emprego nos próximos meses, já que existe defasagem de quatro meses entre o crescimento da atividade industrial e o do emprego. "Isso faz com que o crescimento da atividade industrial de janeiro e fevereiro venha se refletir no emprego lá pelo mês de abril, maio, com mais força do que neste início de ano".

O diretor da Fiesp afirmou ainda que o crescimento do emprego na indústria pode crescer em torno de 0,5% a cada mês. "A expectativa pra o ano é positiva. Estamos hoje apontando para o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] mais para 4% do que para 3% o que deve carregar consigo a atividade industrial para 5,5% a 6%. Se o PIB industrial chegar a essas taxas podemos esperar um crescimento do emprego em torno de 3,5% ou 4%".