Conselheiro da FRB se diz otimista, mas pesquisadora não vê solução para a Varig

11/04/2006 - 17h12

Rio, 11/4/2006 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, César Cury, disse hoje (11) que continua otimista em relação ao futuro da Varig. A fundação é acionista majoritária da companhia aérea, com 87% das ações.

"A empresa vai se reerguer, é um processo em andamento. Faltam alguns degraus, mas confio em uma solução positiva", afirmou. A Fundação, ex-controladora da Varig, está com os direitos políticos de voto suspensos, por determinação da Justiça.

Já para a pesquisadora Heloísa Pires, da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe/UFRJ), o caso da Varig não tem solução. Especialista em setor aéreo, ela comentou que "se fosse funcionária da Varig, já tinha pedido demissão há muito tempo". E atribuiu a situação de quase falência da empresa à falta de competência administrativa. "Ela já está nessa situação há muito tempo. Não tem gestão competente, suficiente para se manter no mercado, não tem estrutura administrativa para funcionar", acrescentou.

Segundo a pesquisadora, também professora da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ, nem a concessão de maior prazo para pagamento aos fornecedores estatais, nem uma possível injeção de dinheiro novo darão fôlego à companhia. "Não adianta ficar pondo dinheiro em quem não sabe gastar. Fico muito triste, mas não tem outro jeito. A Varig já morreu e ainda não enterraram", afirmou, ao analisar a atuação da Fundação Ruben Berta.

Uma possível decretação de falência levará à demissão de cerca de 11 mil trabalhadores diretos que, de acordo com a pesquisadora, não receberão indenização, como ocorreu nos casos da Vasp e da Transbrasil. Na opinião de He que poderão advir de uma possível decretação de falência da Varig incluem a demissão de cerca de 11 mil trabalhadores diretos que a pesquisadora aponta que não levarão indenização, como ocorreu no caso da Vasp e da Transbrasil.