Polícia Federal diz que não há razões técnicas para tomar depoimento de Bastos

10/04/2006 - 18h46

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Polícia Federal (PF) informou, há pouco, que não há razões técnicas para colher o depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no inquérito que apura a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, como isso já foi apurado e como a reunião entre Bastos e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ocorreu só uma semana depois da quebra do sigilio do caseiro, a PF não vê necessidade de convocar o ministro da Justiça.

A assessoria informou também que a PF não tem intenção de cumprir mandado de busca e apreensão na Caixa Econômica Federal, concedido hoje (10) pela Justiça, porque já teve acesso ao material e documentos necessários.

A PF informou ainda que fará nova rodada de depoimentos com outras testemunhas e com base nas investigações realizadas no inquérito.

Francenildo acusou Palocci de freqüentar uma casa alugada em Brasília por ex-assessores seus na prefeitura de Ribeirão Preto. Na casa, seriam realizadas festas e haveria partilha de dinheiro. Posteriormente, o caseiro teve quebrado o sigilo de sua conta na Caixa Econômica Federal, subordinada ao Ministério da Fazenda.

Segundo denúncias, assessores do Ministério da Justiça estariam na casa do então ministro da Fazenda, quando ele recebeu cópia do extrato da conta do caseiro.