Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre – O parque eólico de Osório, no litoral norte do Rio Grande do Sul, já possui oito aerogeradores construídos. Também foi concluída esta semana, a linha de transmissão, de oito quilômetros de extensão, que liga o parque até a estação da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) no município. Segundo o governo gaúcho, a subestação interna, que irá transmitir 150 megawatts de potência instalada (417 gigawatts-hora por ano), está em fase final de montagem para iniciar os testes.
Segundo a empresa gaúcha CIP Brasil - sócia do empreendimento (em conjunto com a espanhola Enerfin) - o maior parque eólico da América Latina e segundo maior do mundo (só perdendo para um dos Estados Unidos da América, no Texas), deverá entrar em funcionamento total em janeiro de 2007. O complexo eólico será formado pelos parques Sangradouro, Osório e Índios. Juntos, eles irão gerar energia não poluente e renovável suficiente para abastecer por ano o consumo residencial de cerca de 650 mil pessoas. A produção será adquirida pela Eletrobrás durante 20 anos.
Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações do estado, José Carlos Brack, os quase 500 trabalhadores estão se superando com a montagem de dois cataventos por semana. A previsão inicial era erguer um aparelho a cada sete dias. "Outras 22 bases já estão concretadas e foram construídos 10 quilômetros de estradas internas – dos 24 quilômetros previstos", disse Brack. Ao todo, serão 75 aerogeradores gigantes, com 98 metros de altura e 100 toneladas de peso, que irão gerar 2 megawatts de potência cada um.
"Trata-se de um investimento de capital inteiramente privado, capitaneado pelo grupo espanhol Elecnor, que contou com total apoio do governo federal - em especial da então ministra Dilma Rousseff, a grande propulsora e incentivadora do projeto - e do governo gaúcho", explica o diretor da Ventos do Sul Energia (empresa constituída em 2005 para a implantação dos parques), Telmo Magadan. Ele destacou ainda, que com a implantação dos parques eólicos de Osório, o Rio Grande do Sul e o Brasil passam a figurar no mapa mundial do desenvolvimento sustentável.
