Restauração do Palácio da Alvorada é homenagem a Juscelino, Niemeyer e ao povo brasileiro, diz Lula

06/04/2006 - 22h32

Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Nesta noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reabriu as portas do Palácio da Alvorada, que ficou interditado por mais de um ano para obras de restauração. "Essa obra é uma homenagem a Juscelino [Kubitschek], Oscar Niemeyer e ao povo brasileiro", afirmou Lula. Participaram da cerimônia o vice-presidente José Alencar, ministros e representantes do corpo diplomático.

"Então está entregue temporariamente a mim, e definitivamente para o povo brasileiro, novamente o Palácio da Alvorada", completou Lula, antes de agradecer aos trabalhadores que fizeram a restauração e também a atenção da primeira-dama Marisa Letícia, que, segundo o presidente, "ajudou muito a fiscalizar a obra".

Lula aproveitou a solenidade para dizer que há "muita coisa para ser restaurada no país", referindo-se a outros prédios históricos do país.

O presidente disse esperar que o trabalho feito na restauração do Alvorada "sirva de incentivo" para que as prefeituras e os governos estaduais recuperem também outros prédios históricos espalhados pelo país. "Se a gente fizesse isso com o tanto de prefeitura que a gente tem nos 27 estados, a gente estaria restaurando algumas centenas de monumentos".

O Alvorada é considerado patrimônio histórico da humanidade, tombado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e em 2008 vai completar 50 anos. O custo das reformas foi de R$ 18,4 milhões, sem recursos públicos, de acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República. As obras incluíram impermeabilização e restauração de pisos, copas, esquadrias e vidros, elevadores e monta-carga, guarita, paisagismo, adequação das instalações de infra-estrutura, iluminação, colunas, espelho d’água, heliponto, colocação de ar-condicionado e pintura.

Um dos convidados da cerimônia foi Antônio Ferreira Pacheco, de 97 anos. Ele é um dos operários que trabalharam na construção do Palácio da Alvorada, na constituição da capital federal. Pacheco é ainda o mais antigo morador da Vila Planalto, núcleo residencial próximo ao palácio.