Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio – O governo do estado do Rio deve encaminhar ao Ministério da Justiça, até o fim do mês, um projeto de parceria para a construção de 16 escolas em presídios fluminenses. De acordo com o subsecretário de Tratamento Penitenciário da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, Eduardo Gameleiro, o custo será em torno de R$ 2 milhões.
Com a construção das escolas, todos os 35 presídios e casas de custódia do estado terão unidades educacionais, oferecendo desde a alfabetização até o ensino médio. Na proposta do Rio de Janeiro, o governo federal entraria com a verba para as obras e o estado teria a responsabilidade pela manutenção dos professores, móveis e material didático.
A mão-de-obra utilizada nas obras será feita pelos próprios detentos, que, além de construírem os prédios, serão os responsáveis pela fabricação dos tijolos. "A gente vai utilizar a mão-de-obra dos presos para a construção de escolas, voltadas a atender a própria necessidade dos internos, que está prevista na Lei de Execuções Penais, que é justamente a questão educacional", disse Gameleiro.
Atualmente, cerca de 4,2 mil detentos estudam em 11 escolas, que atendem a 23 unidades prisionais. A 12ª escola está sendo construída na Casa de Custódia Wilson Flávio Martins, em Bangu.