Professor avalia que missão no Haiti está associada ao anseio do Brasil em ser liderança regional

09/01/2006 - 15h17

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - Em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, o professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais, Oswaldo Déon, afirmou que a liderança do Brasil no Haiti está associada ao anseio do país em ser um líder regional.

"Nas últimas visitas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e da secretária de Estado, Condoleezza Rice, reforçam a idéia de que o Brasil, associado aos Estados Unidos, busca uma liderança regional. Então a operação de paz do Haiti tem a ver com essa afirmação da política externa brasileira, no sentido de poder permitir que o Brasil assuma as responsabilidades e também se coloque do ponto de vista das operações de paz", afirmou.

O Brasil comanda a força militar da missão de paz da ONU no Haiti (Minustah) desde junho de 2004. Segundo o Ministério da Defesa, os exatos 1.496 soldados do país que estão no Haiti formam o maior contingente brasileiro enviado ao exterior desde a 2ª Guerra Mundial. O Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de força militar na missão de paz para garantir a estabilidade no país após a queda do ex-presidente Jean Bertrand Aristide.