Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pretende liberar este ano R$ 4,3 milhões, no âmbito da Lei Rouanet, para o desenvolvimento de quatro projetos de preservação histórica nos estados de Alagoas, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, a maior parcela do financiamento, R$ 1,6 milhão, será destinada à realização do Projeto Cultural Museu Rio São Francisco, em Alagoas, cujo objetivo é a restauração de duas construções históricas no município de Penedo, onde o museu será instalado. A idéia é que ele fortaleça a rede de instituições, associações e grupos que trabalham para a preservação do Rio São Francisco, que cruza cinco estados em uma extensão de 2,7 mil quilômetros.

Do restante, R$ 1,2 milhão deve se destinar ao financiamento da conclusão do projeto de restauração da Igreja de Sant’Ana, no centro histórico de Belém (PA). Obra do arquiteto italiano Giuseppe Landi, a igreja é considerada um exemplar raro no país, pelo fato de ter sua planta elaborada no formato de uma cruz grega.

A estimativa é financiar R$ 1,1 milhão para a restauração da nave e da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, em Recife (PE). Por suas qualidades artística e arquitetônica, a construção é considerada a "Capela Sistina do Rococó brasileiro", em uma alusão à Capela Sistina do Vaticano, pintada pelo artista italiano Michelangelo no século 16.

Por fim, o projeto de restauração arquitetônica e de infra-estrutura da Igreja da Vila de Santo Amaro, no município de General Câmara (RS), deverá receber R$ 463 mil. A igreja é considerada pelos gaúchos o maior bem luso-açoriano do Estado.

Segundo a assessoria, desde 1997 o BNDES patrocina o restauro do patrimônio histórico nacional no âmbito da Lei Rouanet. Para receber o apoio da instituição, os monumentos devem ser tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).