Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A nova data para a realização das eleições no Haiti deve ser anunciada até o final desta semana. A informação é do chefe de comunicação social do batalhão brasileiro no Haiti, tenente-coronel Fernando da Cunha Matos, que está em Porto Príncipe, capital do país. As eleições, que estavam previstas para ocorrer no domingo (8), foram adiadas pela quarta vez.

Segundo ele, o Conselho Eleitoral Provisório (CEP) – responsável pela organização do pleito naquele país – alegou atraso na distribuição dos títulos eleitorais, na definição dos locais de votação e no treinamento de quem trabalhará nas seções eleitorais. "Serão necessárias ainda de três a quatro semanas, no mínimo, para que esses problemas logísticos possam ser resolvidos", disse.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) auxilia na confecção dos títulos eleitorais – uma espécie de documento de identidade que indica onde o cidadão haitiano irá votar. Nas eleições, serão definidos o presidente e os membros do poder legislativo do Haiti. "O CEP homologou 34 candidatos à presidência", informou Matos. "Pesquisas de opinião são complicadas de serem feitas pelo problema de distância e comunicação. Não temos ainda uma avaliação de quais seriam os melhores candidatos na disputa", disse, acrescentando que cerca de 3,5 milhões de haitianos fizeram o registro para participar da votação.

De acordo com o tenente-coronel, a tropa brasileira – que compõe a força militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) – vai ajudar a "garantir um ambiente seguro e estável no país, de modo que as eleições possam ocorrer". Matos destacou que a tropa brasileira é o segundo maior contingente da missão, com 1.200 militares. "Atualmente, o maior contingente da Minustah é a da Jordânia, com cerca de 1.500 militares", informou.