Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Desde 2002, a capital federal desenvolve um projeto-piloto de combate ao mosquito da dengue. Os alunos de escolas públicas se tornaram multiplicadores-mirins e estão capacitados a levar informações aos pais. "Eles levantam casos e informações importantes como o conhecimento dos pais sobre a doença e as precauções tomadas, além de aprender a reconhecer o mosquito e eliminar o criadouro", conta a presidente do Comitê de Mobilização Social do Distrito Federal (DF), Goreth Lobo.

A idéia surgiu da necessidade de envolver a população no combate, já que na capital os mata-mosquitos têm dificuldade de aceitação nas residências. "Temos um problema importante que é a recusa de receber os agentes nos domicílios". Goreth explica destaca que "o morador que não permite a visita se esquece que pode ser infectado com a doença e também prejudicar os vizinhos". Os mata-mosquitos são identificáveis com coleta e crachá, no qual consta o telefone da diretoria.

A dona-de-casa Vilma Alves, de 30 anos, que mora na região administrativa de Santo Antonio do Descoberto, conta como faz para combater o mosquito. "Tampo a caixa d’água, o lixo e viro as garrafas para baixo". Para ela, porém, nem todo mundo tem esse cuidado. "Muitos vizinhos deixam a caixa aberta. Não adianta nada a gente fazer a parte da gente e os vizinhos não", reclama.