Para Izar, decisão do STF não impede debate e votação de parecer contra Dirceu

25/10/2005 - 22h27

Juliana Cézar Nunes e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Mesmo com a liminar do Supremo Tribunal Federal determinando a retirada de partes do relatório que pede a cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), manteve para a quinta-feira a discussão e a votação do parecer do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Para Izar, a decisão do ministro do STF Eros Grau foi “sábia, imparcial e juridicamente perfeita” por acatar parcialmente o recurso de Dirceu, invalidando apenas os documentos sigilosos recebido pelo Conselho via comissões parlamentares mistas de inquérito.

“A decisão do STF dá condições para o Conselho continuar seu trabalho. Em havendo necessidade, vamos retirar as partes que o Supremo indicar. Mas na quinta vamos votar e discutir esse parecer sem falta”, afirma o presidente do Conselho, que já pediu uma nota de orientação ao STF e um parecer da assessoria jurídica da Câmara. “Acho que não haverá necessidade de nova leitura do parecer. É o mesmo relatório, apenas com a retirada de poucos parágrafos. O relatório está consistente.”