Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Manoel dos Santos, reconheceu hoje que o movimento de negócios nos dois primeiros dias da II Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária não atendeu as expectativas dos agricultores, mas lembrou que muitas vendas podem acontecer depois do evento. "Não se pode avaliar só pela venda direta aqui. Estamos fazendo contato para negócios posteriores", ressaltou.

Ele disse que em uma rodada de negociação realizada ontem (30), compradores de outros países mostraram interesse nos produtos da organização. Cento e quarenta produtores ligados à Contag participam da feira. O produtor Darci Knoll, da cidade de São Martinho (RS), é um desses expositores. Ele e outras 67 pessoas integram a cooperativa do município, fundada em 2004, e produzem leite, rapadura, doce de leite, bolacha e iogurte de vários sabores, expostos na feira.

Com a cooperativa, segundo Darci, a produção de São Martinho ganhou mais qualidade. "Houve acréscimo na agregação de valor e renda para o pequeno produtor. Nós conseguimos 0,10 centavos a mais pelo litro de leite vendido. É um aumento significativo", ressaltou.

No entanto, o pequeno produtor espera mais vendas na capital federal. "A venda está pequena, mas estamos aqui para o que der e vier", acrescentou. De acordo com a coordenação da feira, 4.600 pessoas passaram pelo local no primeiro dia de funcionamento. O evento termina amanhã (2).