Reconstrução de igreja está na segunda etapa

25/09/2005 - 10h40

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A reforma da igreja matriz de Pirenópolis (GO), destruída por um incêndio em setembro de 2002, encontra-se na segunda etapa. Estão sendo refeitos o reboco, assoalho, forro, instalações e vedações de portas e janelas. Primeiramente, foram erguidas as paredes e telhado. Essa primeira etapa começou em novembro de 2003 e terminou em março de 2005. As telhas foram encomendadas especialmente para a Igreja para não usar telhas industriais e seguir o padrão da construção original, explica o chefe do escritório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na cidade, Paulo Sérgio Galeão.

Da igreja do século 18, construída em taipa de pilão - técnica que consiste na socagem do barro em formas de madeira -, só sobraram as paredes com 2 metros de largura e 12 metros de altura. Os técnicos tiveram que reaprender a engenharia, porque a técnica trazida da África pelos escravos já não é mais utilizada nos dias de hoje. O pedido dos moradores fez com que o Iphan abrisse o canteiro de restauração para que todos possam acompanhar as obras, criando a exposição Canteiro Aberto. Além da igreja, parte da cidade de Pirenópolis – equivalente a um sexto da área urbana - é tombada como patrimônio histórico pelo Iphan.

O trabalho tem a supervisão do instituto e está sendo feito por meio da Lei Rouanet e da Lei Goyaneses, de incentivo à cultura. Por meio do incentivo fiscal, em junho de 2003, foi assinado convênio de R$ 3,6 milhões entre a prefeitura de Pirenópolis, o estado de Goiás, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal, a Petrobras e a Companhia Elétrica do Estado de Goiás (Celg).