Por Paulo Montoia
repórter da Agência Brasil

São Paulo-O movimento internacional de organizações não-governamentais teme que a XI UNCTAD, que começa oficialmente neste domingo,13, em São Paulo, seja esvaziada de seu papel pelas nações ricas, por ser a única entidade com poder regulatório capaz de se contrapor à globalização promovida pela Organização Mundial de Comércio.

A afirmação foi feita hoje pelo coordenador da Associação Nacional de Organizações Não-Governamentais – Abong, Jorge Eduardo Durão, na coletiva de imprensa de lançamento do Fórum da Sociedade Civil, evento paralelo ao evento "Nós tememos que haja uma tendência dos países ricos em provocar um esvaziamento da UNCTAD. O Fórum deve respaldar a luta para que a Unctad mantenha o seu mandato".

A XI UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento existe há mais de quatro décadas. Segundo Durão, ela é importante "por ser uma conferência ligada à Assembléia das Nações Unidas. Ela não é uma agência, como a Unesco, e não dá (para um país) sair dela sem sair da ONU. A Unctad tem sido a única organização a questionar a globalização e as propostas e posturas que os Estados Unidos vem adotando. E eles querem se desfazer da Unctad, que para eles é apenas uma pedra no caminho. Querem tratar tudo na órbita da OMC", afirmou.