Programa co-produzido pela TV Escola ganha prêmio na China

23/03/2003 - 9h42

Brasília, 23/3/2003 (Agência Brasil - ABr) - A série Arte e Matemática, uma co-produção da TV Escola, da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) e da TV Cultura da Fundação Padre Anchieta (SP), conquistou o prêmio Dragão de Prata do II Festival Internacional do Filme Científico de Beijin (China).

Cerca de 40 países e 200 programas participaram do Festival. O prêmio da série Arte e Matemática foi concedido ao episódio Ordem no Caos, na categoria Programas para a Juventude. Essa não é a primeira premiação da série. Em 2001, conquistou o Maeda Prize 2001, na categoria Educação para Jovens, durante o 28º Japan Prize International Educational.
Na época, o júri do prêmio japonês considerou inovadora a abordagem interdisciplinar da Matemática na arte e destacou: "Essa abordagem é capaz de modificar e ampliar a noção do espectador da Matemática e da arte. A alta qualidade estética do programa fornece aos professores um material audiovisual útil e estimulante".

Composta de 13 programas de 30 minutos cada, a série da TV Escola dirigida ao professor de ensino fundamental tem o objetivo de desenvolver um olhar que permita ao espectador aproximar-se da Matemática de forma poética e sem traumas. Os programas foram montados para demonstrar que em vários momentos se entremeiam a História, a Arte e a Matemática e que grande parte dos procedimentos matemáticos são artísticos. Os artistas, segundo registros da História, usam cálculos matemáticos complexos no desenvolvimento de sua atividade.
Nos 13 programas, o espectador é apresentado a mais de mil obras de artistas brasileiros, além de obras de estrangeiros que estão em museus no Brasil. O objetivo é permitir que os cidadãos brasileiros se aproximem da arte que está nos nossos acervos. Fazem parte da série, por exemplo, obras de Tarsila do Amaral, Iberê Camargo, e de artistas estrangeiros como Pablo Picasso e Renoir, disponíveis no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Além de entrevistar artistas, matemáticos e cientistas, a série foi buscar imagens em arquivos, como o do professor Herbert Duschenes. Esse mestre de 80 anos, que deu aula de História da Arte por mais de 40 anos, ofereceu seu acervo em super-oito para ilustrar os programas. O professor do ensino fundamental vê imagens da Grécia, da cúpula da Catedral de Florença, afrescos de igrejas medievais, entre muitas preciosidades, feitas por Duschenes.
Programas da série - Do Zero ao Infinito, Arte e Música, O Artista e o Matemático, A Ordem no Caos, Simetrias, Número de Ouro, Música das Esferas, A Matemática da Música, Tempo e Infinito, Forma dentro da Forma, Forma que se Transforma, Caos, O Belo.