Florianópolis, 21/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - A partir de janeiro de 2003 a Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) desenvolverão um programa de monitoramento de poços artesianos do Aqüífero Serra Geral utilizados para consumo. A medida tem como objetivos verificar a qualidade da água ao longo do tempo, a interferência de outros aqüíferos, se a extração é maior que a infiltração e o que provoca a secagem dos poços.

O programa entre a Amosc e a CPRM terá duração de dois anos e os primeiros resultados serão divulgados em seis meses. Os recursos de R$ 4 mil, repassados ao Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Meio Ambiente (Cidema) pelo Ministério Público de Santa Catarina, serão utilizado para compra de equipamentos de análise físico-química.

"Existem no oeste 2.723 poços artesianos, número considerado elevado, principalmente, porque não há nenhum monitoramento e vários já secaram", destacou o engenheiro químico da Amosc, Gary Bittencourt. Desde 1° de novembro de 2002 está em vigor a instrução normativa da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma), que só permite a perfuração de poços artesianos mediante licenciamento prévio junto ao órgão. Essa instrução foi editada por determinação do Ministério Público em função do elevado número de poços no estado.