Brasil participa da segunda cúpula mundial de alimentação

18/05/2002 - 9h14

Brasília, 18 (Agência Brasil - ABr) - A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) realizará em Roma, de 10 a 13 de junho , a "Cúpula Mundial da Alimentação cinco anos depois", a CMA+5. O objetivo da reunião é avaliar a implementação dos resultados da Cúpula Mundial da Alimentação ocorrida em 1996, quando foram aprovados a Declaração de Roma sobre Segurança Alimentar e o Plano de Ação da Cúpula Mundial.

Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro apresentará na CMA+5 o relatório sobre a implementação, no país, dos compromissos fixados na Declaração Política e no Plano de Ação aprovados no encontro de 1996. Entre as ações do governo no combate a fome citadas no relatório, estão as ações da Pastoral da Criança. Este organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza, com apoio do governo federal, trabalhos voluntários com 1.621.251 crianças carentes menores de seis anos de idade e 77.802 gestantes, em cerca de 33 mil comunidades organizadas em bolsões de pobreza.

Para auxiliar a realização do relatório, foi constituído o "Comitê de Acompanhamento da Implementação do Plano de Ação da Cúpula Mundial da Alimentação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)", integrado por 22 representantes do governo e 12 da sociedade civil. O comitê é presidido pelo embaixador Álvaro Gurgel de Alencar Netto, que ocupou o cargo de representante permanente do Brasil junto à FAO na Cúpula Mundial da Alimentação de 1996.

Ainda de acordo com o Itamaraty, o compromisso mais importante assumido na reunião de 1996 é um esforço contínuo para a erradicação da fome do mundo. A cúpula de 1996 estabeleceu o ano de 2015 como prazo para que se atinja a meta de redução pela metade do número de pessoas desnutridas no mundo – estimado pela FAO, em 1996, em cerca de 800 milhões de pessoas.

Originalmente agendada para realizar-se em novembro de 2001, a CMA+5 teve de ser adiada para junho de 2002 em razão da delicada situação internacional verificada no último trimestre de 2001, que comprometia a efetiva participação no evento de Chefes de Estado e de governo.