Linha da CPTM interditada por manifestantes volta a funcionar

17/10/2013 - 23h57

 

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Após protesto de moradores no fim da tarde de hoje (17), a circulação de trens da Linha 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltou a operar por volta das 21h20, informou a companhia. No entanto, apesar das estações abertas, o funcionamento ocorre com maior tempo de parada das composições. 

O trecho entre as estações Brás e Jardim Helena, foi interrompido no fim da tarde de hoje por causa de um protesto por moradia. A manifestação teve inicio por volta das 16h30 e, segundo a Polícia Militar (PM), reuniu cerca de 180 manifestantes que lutam contra a reintegração de posse de um terreno na zona leste.

A manifestação continua, segundo a PM. O Batalhão de Choque e a Polícia Tática estão no local para tentar controlar os ativistas. A polícia ainda não informou se houve feridos durante o protesto e se manifestantes foram detidos.

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) informou, em nota, que a área reivindicada pelas famílias pertence é de propriedade da CDHU. Segundo o órgão, 15 áreas no núcleo União de Vila Nova, destinadas para a implantação de praças, ruas e escolas, foram ocupadas entre os dias 6 e 7 de novembro. “O núcleo é uma ocupação irregular que está sendo urbanizada pela CDHU”, diz a nota.

De acordo com a companhia, os moradores que ocupam o local são, em sua maioria, oriundos da própria União de Vila Nova e de regiões adjacentes. “Portanto, parte já está sendo atendida pela urbanização. Para garantir a conclusão do projeto, a CDHU ajuizou ação de reintegração de posse, que foi deferida pela Justiça”, destaca. 

No local, informou ainda, é desenvolvido um projeto de atendimento habitacional que envolve a construção de moradias e a execução de obras de urbanização, onde foram implantados um parque central, quatro escolas estaduais, um centro de educação infantil, uma creche, duas unidades básicas de Saúde, entre outros. Atualmente, estão em curso no local ações para a regularização fundiária do núcleo.  

 

Edição: Aécio Amado

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