Juros sobem para pessoas físicas e ficam estáveis para as empresas, mostra Anefac

09/05/2013 - 12h51

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A taxa de juros média no mercado brasileiro para as pessoas físicas subiu de 5,40% ao mês, em março, para 5,43%, em abril. É a maior variação desde dezembro de 2012 (5,44%). O resultado interrompe a sequência de quedas que ocorria há quatro meses. Para pagar, em um ano, o dinheiro tomado emprestado em abril, o consumidor assumiu o compromisso de retornar ao credor um valor 88,61% maior do que o obtido. No mês anterior, a taxa de juros estava em 87,97% ao ano.

O levantamento feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) indica que apenas o cheque especial, de um total de seis linhas de crédito pesquisadas, apresentou queda na taxa de juros,  de 0,26%, ao passar de 7,72% para 7,70% ao mês. No ano, a taxa ficou em 143,5%. É a menor variação desde fevereiro de 2011 (7,68% ao mês e 143,01% ao ano).

No caso do cartão de crédito, os juros médios ficaram estáveis em 9,37% ao mês e 192,94% em 12 meses. A taxa mensal é a mais baixa da série histórica que teve início em 1995.

Já quem fez um financiamento por meio do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) teve que arcar com uma elevação de 1,32% sobre o valor cobrado em março. A taxa estava em 1,52%, nesse mês, e subiu para 1,54%, em abril, resultando no acumulado de 12 meses em uma correção de 20,13%. É a maior taxa nessa modalidade desde novembro do ano passado, quando havia alcançado 1,64% ao mês e 21,56% ao ano.

No empréstimo pessoal nos bancos ocorreu alta de 1,03%, com a taxa passando de 2,91% ao mês para 2,94% e acumulando 41,58% ao ano. Também é a mais alta desde novembro do ano passado (3,14% ao mês e 44,92% ao ano). No empréstimo pessoal nas financeiras, o dinheiro ficou 0,44% mais caro, passando de 6,88% para 6,91% ao mês e atingindo 122,96% ao ano. No comércio, todas as lojas aumentaram os juros.

Para as empresas, os juros médios ficaram estáveis em 3,06% ao mês e 43,58% ao ano, mantendo a posição de menor taxa da série histórica iniciada em 1999.

Edição: Juliana Andrade

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