Correios vão capacitar 117 mil funcionários sobre aids e outras doenças

30/04/2013 - 13h46

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 117 mil funcionários dos Correios serão capacitados sobre a prevenção e o diagnóstico da aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A segunda fase da campanha "Correios contra a aids" foi lançada hoje (30) e prevê ainda a distribuição de material informativo ao público em geral em 150 agências do Rio Grande do Sul, da Bahia e do Amazonas.

De acordo com o vice-presidente de Gestão de Pessoas dos Correios, Larry Manoel Medeiros de Almeida, as ações devem atingir até 500 mil pessoas, considerando empregados e estagiários, além de parentes, dependentes e comunidades onde essas pessoas vivem.

“Estaremos trabalhando fortemente na educação, capacitando nossos trabalhadores por meio de cursos. Eles poderão, a partir dali, com esse conhecimento, serem disseminadores na luta da campanha contra a aids”, explicou.

Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a campanha é importante em razão da capilaridade dos Correios. Ele lembrou que algumas parcelas da população, como homens jovens, não têm o hábito de frequentar unidades de saúde e podem ampliar o conhecimento sobre a prevenção e o diagnóstico da aids por meio das agências dos Correios.

“As pessoas, às vezes, têm medo de saber a sua condição – se estão infectadas ou não. Saber se está infectado é muito importante para a própria pessoa, porque ela vai começar a se tratar mais cedo, a ter melhor qualidade de vida. Também é muito importante porque uma pessoa que está em tratamento praticamente elimina a possibilidade de transmitir para outras pessoas”, destacou.

Dados da pasta indicam que, no Brasil, a prevalência do HIV está em torno de 0,4% a 0,5% da população, índice considerado baixo na escala mundial. Jarbas ressaltou, entretanto, que o país registra uma espécie de epidemia concentrada de aids, uma vez que jovens gays, travestis e profissionais do sexo, por exemplo, chegam a registrar uma prevalência de até 10%.

“Esses grupos têm que ter muito cuidado, usar a camisinha e procurar conhecer a sua situação porque, entre eles, o risco de um estar com HIV é 20 vezes maior que o da população em geral”, alertou.

Edição: Graça Adjuto

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