Síria acusa Egito de incentivar violência no país

30/08/2012 - 13h17

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, reagiu a pronunciamento do presidente do Egito, Mohammed Morsi, e o acusou de interferir nos assuntos internos sírios e incentivar a violência no país.

O egípcio disse que o governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, recorre à violência desmedida e à violação de direitos humanos no combate à oposição. A crise na Síria dura 17 meses e matou mais de 20 mil pessoas.

O desentendimento ocorreu durante a 16ª Cúpula dos Países Não Alinhados, no Irã. "A delegação síria abandonou a sala para protestar contra o conteúdo do discurso de Morsi que é uma ingerência nos assuntos internos sírios e uma incitação à continuação do banho de sangue no país", disse o chanceler sírio.

Segundo ele, o Irã se esforça para cooperar com o que for necessário para ajudar a Síria. Os iranianos, os chineses e os russos são os aliados mais fieis e resistem a quaisquer medidas de intervenção ou de sanções na região.

Morsi disse, no seu discurso, que prestava sua "solidariedade com a luta dos sírios contra o regime opressivo que perdeu a legitimidade". Primeiro presidente eleito, depois de mais de três décadas, Morsi enfrenta o desafio de garantir os direitos democráticos no país.

A cúpula, em Teerã, conta com a participação de representantes de 107 países. O Brasil está presente como observador. O Movimento dos Países Não Alinhados representa as nações em desenvolvimento que tentam definir um caminho de independência e autonomia em relação às grandes potências econômicas e políticas.

 

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa (http://www5.lusa.pt/lusaweb/subscriber/showitem?service=107&listid=NewsList1912&listpage=1&docid=14904133)

 

Edição: Beto Coura