Agentes da Polícia Rodoviária Federal tendem a recusar proposta do governo, diz sindicato

27/08/2012 - 20h49

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) "estão propensos" a não fechar acordo com o governo, informou hoje (27) o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Pedro Cavalcanti. “Estamos mais dispostos a recusar. Esse reajuste oferecido não atende às necessidades da categoria”, disse ele.

Mesmo com a mesa de negociações encerrada, os representantes da entidade tentaram uma contraproposta do governo, além do reajuste de 15,8%, fatiado em três anos, até 2015. “Queríamos uma proposta diferenciada, com a definição da carreira como nível superior, em vez de ser tratada como de nível intermediário”, explicou. A categoria foi recebida pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. O percentual de aumento oferecido aos policiais rodoviários foi igual ao proposto às demais categorias de servidores.

Com o prazo de assinatura de acordo se esgotando, os líderes da PRF reúnem-se ainda hoje com a base para decidir se aceitam a proposta do governo. “Não gostamos da determinação de não negociação pelos próximos três anos. Se a economia crescer, gostaríamos de retomar as negociações”, disse Cavalcanti. Os sindicatos têm até amanhã (28) para comunicar ao governo a decisão das bases. Segundo  o Ministério do Planejamento as categorias  que não assinarem o acordo não terão aumento no ano que vem.

Pedro Cavalcanti ressaltou que, se a categoria votar pela rejeição do acordo, a paralisação dos servidores, que atinge pelo menos 12 estados e 70% dos trabalhadores, deve acabar. “Se o prazo se encerra no dia 31 [sexta-feira próxima], entendo que a greve não caberia após essa data.”

Os policiais rodoviários federais reivindicam reajuste salarial, exigência de nível superior para exercer o cargo, adicional noturno e de insalubridade e reestruturação da carreira. Segundo o sindicato, 9 mil policiais rodoviários federais trabalham no país, efetivo que é considerado insuficiente para atender à demanda da segurança nacional.

Edição: Nádia Franco