Procon registra mais de 3 mil queixas contra operadoras de telefonia no Rio

19/07/2012 - 15h00

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Procon-RJ registrou 3.188 reclamações sobre os serviços prestados pelas maiores operadoras de telefonia móvel do estado no primeiro semestre. A campeã de reclamações foi a Vivo, com 1.456, seguida da TIM (662), da Oi (613) e da Claro (457).

Problemas na prestação de serviços de empresas do setor fizeram com que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibisse a TIM, a Oi e a Claro de vender linhas em alguns estados brasileiros, por 30 dias, a partir de segunda-feira (23).

A TIM foi proibida de comercializar linhas telefônicas em 18 estados, inclusive no Rio de Janeiro, e no Distrito Federal. A Oi não poderá negociar novas linhas em cinco estados e a Claro, em três.

Segundo Maria Rachel Coelho, consultora do Procon, a decisão da Anatel fortalece a instituição e os consumidores. “Foi uma medida cautelar muito bem-vinda porque estava um transtorno essa questão da telefonia móvel. O que está evidente é que a falta de qualidade é genérica. Atinge todas as operadoras. Ninguém está satisfeito.”

O vigilante Paulo Vanderci tem dois celulares, de duas operadoras diferentes, e passa pelos mesmos problemas. “Às vezes o aparelho fica sem sinal e quando a gente quer reclamar com a empresa, o atendimento demora demais. Uma das operadoras me cobrou por mensagens de texto enviadas por ela própria, sem que eu pedisse. Até pensei em procurar um advogado”, disse.

De acordo com consultora do Procon, qualquer pessoa pode reclamar pelo do telefone 151 ou nos postos de atendimento, cujos endereços podem ser consultados no site.

Ela explica que, muitas vezes, o problema pode ser resolvido no próprio Procon, pelo sistema Expessinho, em que um representante da operadora conversa com o consumidor. Caso não haja solução para o problema, o Procon então abre um procedimento administrativo, que pode resultar em multa e até na interdição da empresa no estado. “A pessoa também pode recorrer ao Judiciário paralelamente, por danos morais e materiais, se ela se sentir lesada a tal ponto”, destacou.

Punida no Rio de Janeiro, a TIM considerou a medida da Anatel “extrema e anticompetitiva”. Segundo a operadora, o indicador usado pela agência para punir a TIM “não reflete necessariamente a qualidade da rede”.

Edição: Talita Cavalcante