Exposição ressalta os 80 anos da Revolução Constitucionalista de 1932

09/07/2012 - 16h33

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Arquivo Público do Estado de São Paulo e o Museu da Imigração inauguraram hoje (9), feriado estadual da Revolução Constitucionalista de 1932, a exposição SP, 1932: 80 anos do Movimento Constitucionalista.

A mostra reúne peças do acervo do governo estadual e da Polícia Militar que contam a história da Revolução de 1932. Os objetos ficarão expostos até outubro no prédio do Arquivo Público. Ao mesmo tempo foram abertas duas exposições que podem ser vistas apenas pela internet em comemoração aos 80 anos do Movimento Constitucionalista de 1932.

Segundo a diretora técnica do Museu da Imigração e curadora da exposição, Marília Bonas, o foco da exposição é a mobilização popular que envolveu mais de 200 mil homens voluntários que se alistaram para lutar pela independência do estado.

Marília explicou que a ideia é mostrar para as pessoas o que de fato foi a Revolução de 1932. Entre as peças expostas estão cartazes originais das campanhas de arrecadação para financiar o movimento, objetos usados nas trincheiras e um documentário com historiadores explicando o que foi a revolução.

“São os 80 anos da revolução, temos um feriado que pouca gente sabe a fundo o que é e é um assunto bastante complexo porque falamos de uma questão política essencialmente. É a questão da autonomia, democracia, Constituição, todas muito importantes, mas difíceis de explicar para todo mundo. A ideia é trazer um pouco dessa história e explicar o que levou essas 200 mil pessoas para uma guerra em nome de uma causa”.

Marília disse ainda que as exposições virtuais propõem que as pessoas tenham mais tempo, além do que terão com a mostra física, para conhecer a história da Revolução de 1932. De acordo com ela, a mostra 1932: a Guerra Paulista, com curadoria do Arquivo Público do Estado de São Paulo, explora o tema de forma didática e oferece proposta de atividades pedagógicas que podem ser desenvolvidas pelo professor em sala de aula. A exposição pode ser vista no site do Arquivo Público.

Já a exposição 1932, Acervos e Memórias, reúne imagens e informações dos acervos ligados ao tema e que estão sob a guarda de instituições de preservação – museus, arquivos e bibliotecas – em todo o estado de São Paulo. Essa pode ser acessada pelo site do Museu da Imigração.

“Essas exposições dão a escala do que foi a Revolução de 1932 , porque a mobilização é realmente uma coisa impressionante para nós hoje. A exposição traz vários elementos para instigar sobre o fato de que pelo menos 200 mil pessoas se alistaram e só 46 mil puderam ir para a frente de batalha por falta de armamento. E também sobre uma causa política que virou um ideal popular em nome de São Paulo e da sua autonomia e identidade e como isso é construído e reconstruído como memória”.
 

Edição: Rivadavia Severo